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Greve confirmada, afirma presidente do Sindicato dos Metroviários de SP

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Greve confirmada, afirma presidente do Sindicato dos Metroviários de SP

Publicamos aqui a entrevista realizada pela estudante de Jornalismo da Cásper Líbero, Ana Júlia, com o presidente do Sindicato dos Metroviários da cidade de São Paulo. Uma entrevista extremamente esclarecedora e importante para entendermos um pouco mais da perspectivas e razões das greves que vêm ocorrendo pelo Brasil nesses últimos meses. Um ótimo trabalho jornalístico de uma grande amiga e companheira que foi gentil em liberar essa pauta para o Colunas Tortas.

 Sindicato dos Metroviários de São Paulo Foto: Sindicato dos Metroviários de São Paulo

A greve vai acontecer, afirma presidente do Sindicato dos Metroviários de SP – Por Ana Júlia Cano

Altino de Melo Prazeres Junior, 47, além de condutor dos trens da Linha 1-Azul do Metrô, é presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo. Ele é o mediador de todas as negociações entre a categoria e o Metrô e entre a categoria e o Governo do Estado. A seguir, entrevista com Altino sobre a greve dos metroviários…

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Terras públicas para quem?

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blog da Raquel Rolnik

Em tempos de crescimento desenfreado do preço dos imóveis e “expulsão” de moradores de menor renda para as periferias das metrópoles, a discussão sobre o destino de terras públicas bem localizadas é central.

Essas terras são praticamente a única oportunidade que temos de desenvolver projetos públicos, não lucrativos, em área bem localizada. Falo de habitação de interesse social, mas também de parques, praças, áreas públicas de esporte, lazer e cultura, entre outras coisas fundamentais para a vida nas cidades.

*Leia coluna completa no site da Folha.

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Terceirização da Fundação Casa

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Foi aprovado ontem um projeto de lei do governandor que terceiriza a fundação casa.

vejam:

Alckmin vence e Fundação Casa será tercerizada
http://www.spressosp.com.br/2014/05/28/alckmin-vence-e-fundacao-casa-sera-tercerizada/

Para especialista, tercerizar Fundação Casa é “um tremendo equívoco”
http://www.spressosp.com.br/2014/05/28/para-especialista-tercerizar-fundacao-casa-e-um-tremendo-equivoco/

e aqui o Projeto de lei Complementar Nº 62/2013, aprovado com justificativa:
http://www.al.sp.gov.br/propositura/?id=1187663

Mário Scheffer: “ANS foi capturada pelos planos privados de saúde; SUS é que sai perdendo”

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Mário Scheffer: “ANS foi capturada pelos planos privados de saúde; SUS é que sai perdendo”

Fonte: viomundo

publicado em 20 de maio de 2014 às 11:58

Para Mário Scheffer (acima),  o que está em jogo na indicação do novo diretor da ANS, José Carlos de Souza Abrahão (abaixo),  é o mercado de mais de R$ 100 bilhões por ano

por Conceição Lemes

A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) tem como missão a defesa do interesse dos usuários de planos privados de saúde e a regulação das relações entre operadoras e consumidores.

Em julho de 2013, o advogado Elano Rodrigues Figueiredo foi indicado para ser seu diretor. Só que ele omitiu no currículo enviado à presidenta Dilma Rousseff e na sabatina no Senado uma informação crucial: era ex-funcionário de planos de saúde.

O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), apoiado pelo Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (Cebes) e Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), levou o caso à Comissão de Ética Pública da Presidência da República.

O relator foi o advogado Mauro de Azevedo Menezes. Em seu voto, seguido pelos demais membros da Comissão, recomendou à Dilma a destituição de Elano devido “à existência de graves e reiteradas violações éticas.”

Há uma nova polêmica nessa mesma área.

Em março, a Presidência da República indicou para o cargo de diretor  da ANS o médico José Carlos de Souza Abrahão.

De 2003 a abril de 2014, ele presidiu a Confederação Nacional de Saúde Hospitais, Estabelecimentos e Serviços (CNS), entidade sindical que representa estabelecimentos de serviços de saúde no País, entre os quais as operadoras de planos de saúde.

Ele já se manifestou publicamente contra o ressarcimento do SUS pelas operadoras de planos de saúde, inclusive em artigo publicado na Folha de S. Paulo. Mas, curiosamente, se “esqueceu” de incluí-lo na lista de publicações informadas ao Senado em seu currículo.

Idec, Cebes, Abrasco e Abres (Associação Brasileira de Economia da Saúde) já denunciaram a indicação, repudiada também pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) na semana passada.

Mesmo assim, o nome de Abrahão está mantido. Na segunda-feira 12, ele tomou posse no Rio de Janeiro como diretor da ANS.

Entidades de defesa do consumidor e de saúde pública vão recorrer à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Abrahão é contra o ressarcimento do SUS pelos serviços prestados aos usuários de planos privados de saúde.

“Desde a criação da ANS, no início de 2000, até hoje, o SUS recebeu apenas R$ 447 milhões de ressarcimento dos planos privados”, denuncia o professor Mario Scheffer. “Calcula-se, por baixo, que por ano os planos deveriam pagar ao SUS, no mínimo, R$ 1 bilhão por serviços prestados aos seus clientes.”

“Abrahão simboliza decisões políticas recentes definidoras dos rumos do sistema de saúde brasileiro. O que está em jogo é o poder de um mercado bilionário. Só em 2013 os planos privados de saúde faturaram R$ 100 bilhões”, afirma Scheffer. “ A ANS foi capturada pelos planos privados de saúde e o SUS é que sai perdendo.”

Mário Scheffer é  professor do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e estudioso do sistema de saúde brasileiro. Foi uma das lideranças, pela sociedade civil, do processo de mobilização que chegou à regulamentação dos planos de saúde, em 1998. É autor, juntamente com Ligia Bahia (UFRJ), do livro Planos e Seguros de Saúde no Brasil: o que todos devem saber sobre a assistência médica suplementar (Editora Unesp).

Segue a nossa entrevista, na íntegra.

Viomundo – Em uma palavra, o que acha da indicação de Abrahão para diretor da ANS?

Mário Scheffer – Lamentável.

Viomundo – Por quê?

Mário Scheffer — Não é pela suposta falta de qualidades do novo diretor, mas por simbolizar decisões políticas recentes definidoras dos rumos do sistema de saúde brasileiro.  Há muito tempo nós denunciamos a porta giratória da ANS — ocupação de cargos por pessoas a serviço do mercado. Mesmo assim, o governo a mantém.

Viomundo – Mas no ano passado caiu na Comissão de Ética da Presidência da República a nomeação do Elano Figueiredo para diretor da ANS.

Mário Scheffer – Foi a primeira vez na história que isso aconteceu. Mas só depois de ampla mobilização. Elano omitiu em seu currículo encaminhado à sabatina no Senado que tinha sido diretor jurídico de um plano de saúde.

É muito semelhante à polêmica atual com esse novo diretor, o médico José Carlos de Souza Abrahão. Só mudou o conflito, os interesses são os mesmos.

O que está em jogo é o poder de um mercado bilionário. Os planos de saúde crescem muito a cada ano. Já são mais de 50 milhões de brasileiros conveniados. Faturaram mais de R$100 bilhões em 2013.

Viomundo – Em que o caso do Abrahão difere do de Elano?

Mário Scheffer — O fato de esse novo indicado ter sido empresário e dono de plano de saúde. E, desde 2003, ser presidente de uma entidade do setor privado, a CNS, que representa também os planos de saúde, o que, a meu ver, já configura grave conflito de interesse.

Mas há um ingrediente a mais. É sua posição pública contrária ao ressarcimento ao SUS, assim como uma ação de inconstitucionalidade movida pela CNS, que ele presidiu, contra o ressarcimento.

Viomundo – Explique melhor.

Mário Scheffer –Em artigo publicado na Folha de S. Paulo, em 2010, Abrahão posicionou-se publicamente contra o ressarcimento. E isso – atenção! — sete anos depois de o STF ter afirmado que o ressarcimento é constitucional.

Ou seja, ele é mesmo contra, nem se importou com a posição do STF. Curiosamente, ele omitiu esse artigo no currículo enviado à presidente Dilma e ao Senado.

A entidade de Abrahão, a CNS, conseguiu uma vitória a favor dos planos de saúde.

Na mesma ADIN contra o ressarcimento, a CNS pediu – e levou! – a suspensão do reajuste anual das mensalidades para planos antigos, assinados antes da lei 9656 de 1998.

Os planos foram autorizados a aumentar a mensalidade de acordo com o custo assistencial. Em consequência, mais de 1,5 milhão de usuários de planos antigos – boa parte idosos — foram prejudicados com reajustes muito acima do fixado anualmente pela ANS. Muitos idosos foram obrigados a abandonar planos que pagaram anos a fio. Foi uma exclusão pecuniária.

Viomundo – Gostaria que aprofundasse a questão do ressarcimento do SUS.

Mário Scheffer – Frequentemente clientes de planos privados da saúde utilizam o SUS para se tratar e , por lei , os planos têm obrigação de  ressarcir o SUS pelo atendimento.

Cabe à Agência Nacional de Saúde Suplementar, a ANS, viabilizar o ressarcimento do SUS. E o novo diretor, assim como a entidade que ele presidiu por 10 anos,  assumiram publicamente e no Judiciário a defesa dos planos contra o ressarcimento ao SUS.

Viomundo – O que diz a lei?

Mário Scheffer  — A lei é clara. A ANS tem a obrigação de identificar os pacientes com planos de saúde atendidos nos hospitais públicos, verificando a compatibilidade da cobertura com os contratos dos planos. As operadoras devem ser notificadas sobre quanto devem pagar ao SUS.

Desde 2009, o Tribunal de Contas da União (TCU) aponta que a ANS deu prejuízo aos cofres públicos, pois deixou de identificar o que merecia ser ressarcido, deixou de realizar as cobranças, deixou processos prescreverem.

Além disso, sem explicação, a ANS nunca cobrou os procedimentos ambulatoriais. Ela só processa – e mal! — as internações.

Jornalistas assessores da ANS gostam de divulgar que o ressarcimento bateu recorde. É balela. Até hoje, desde a criação da ANS, o SUS só recebeu R$ 447 milhões de ressarcimento.

Anualmente, o SUS realiza cerca de 12 milhões de internações. Calcula-se, por baixo, que por ano os planos deveriam pagar ao SUS, no mínimo, R$ 1 bilhão por serviços prestados aos seus clientes.

Basta abrir as atas da diretoria colegiada da ANS. Em toda reunião são analisadas dezenas de recursos de planos contra o ressarcimento. Será que o novo diretor vai abster-se em todas essas votações?

Viomundo — Diria então que a ANS foi capturada pelos planos privados?

Mário Scheffer  — Sim, desde que foi criada em 2000, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. E o SUS é que sai perdendo.

Vou explicar por quê.

A regulação de um mercado tão imperfeito quanto o de planos de saúde pode atingir vários níveis de racionalidade

A desejável é a do interesse público. O Estado impõe correção nos abusos do mercado, o que de certo modo estava presente na proposta inicial de regulamentação dos planos de saúde.

Outra forma de ver a regulação é assumi-la como um produto da mediação entre o órgão público regulador e grupos de interesses, no caso os planos de saúde, os prestadores, médicos e usuários. Estes, os consumidores, são parte mais fraca da relação. A ANS chegou a seguir essa linha, tendo arbitrado equilíbrios temporários em alguns momentos.

E a terceira racionalidade, que predomina hoje na ANS, resulta da rendição aos interesses privados, que é conhecida na literatura como a “teoria da captura”. Ou seja, os reguladores são dominados pelo setor que regulam, buscando maximizar benefícios políticos, seja financiamento de campanhas, votos, cargos ou acumulação de poder.

Nessa toada, no caso dos planos de saúde, podemos chegar ao pior dos mundos apontado por teorias críticas da regulação econômica. A regulação em favor de interesses particulares torna-se tão perversa socialmente, que teríamos resultados melhores mesmo na ausência da intervenção pública.

Viomundo — Na prática, o que essa captura da ANS traz de ruim?

Mário Scheffer — Ela impulsiona um mercado livre artificial, que vende mais planos do que a capacidade à custa da regulação frouxa, leniente, da ANS.

Houve uma avalanche de planos de preço baixo e coberturas pífias. Permitiu a venda de produtos sem rede compatível de médicos, hospitais e laboratórios, o que gera lotação e demora nos atendimentos. Permitiu o fim da oferta de planos individuais e a venda de planos que fogem da regulacao mais rigorosa, sob o rotulo de coletivos.

Essas listas periódicas de planos que não cumprem prazos de atendimento são a cena do cachorro correndo atrás do próprio rabo. A ANS, que autorizou a venda desses planos, agora finge punir.

Viomundo — Pouco antes do caso Abrahão o Congresso aprovou uma Medida Provisória (MP) que diminui as multas dos planos de saúde.

Mário Scheffer – Esse absurdo foi enfiado na Medida Provisória 627, que nada tinha a ver com planos de saúde.  Estabeleceu um teto, uma espécie de anistia prévia na aplicação de multas aos planos de saúde.

Ainda bem que a Dilma vetou, mas falta esclarecer quem foi o autor desse descalabro.

O comportamento dos parlamentares simboliza bem de que lado eles estão. Veja o caso do senador e ex-ministro Humberto Costa, líder do governo. Atuou pela não destinação dos 10% da receita da União para o SUS e, agora, foi um relator veemente na defesa da indicação para a ANS de um nome contra o ressarcimento ao SUS. Durante a sabatina, o senador chegou a defender que os planos não precisariam atender alta complexidade, como os transplantes, que deviam ser assumidos integralmente pelo SUSUm papelão, um desserviço.

Viomundo — Os planos de saúde têm muita influência na Câmara dos Deputados, no Senado, no governo?

Mário Scheffer – Nadam de braçada. No fim de 2013, de contrabando em outra MP, a 619, o Congresso livrou os planos de saúde de uma cobrança bilionária do PIS/Cofins, ao reduzir em 80% a base de cálculo sobre a qual incidia esses impostos. Com isso vão aumentando os subsídios diretos e indiretos a planos.

Tem ainda outro problema.  Como o mercado de planos cresce, aumentam os gastos tributários, renúncia fiscal e desconto dos gastos com planos de saúde no cálculo de imposto de renda de pessoa física e jurídica. Nessa renúncia fiscal, há um incentivo econômico, que favorece o mercado de planos de saúde que beneficia só uma parcela da população.

Outra benesse que a sociedade desconhece: a utilização do BNDES, na concessão de créditos aos planos, para ampliação de rede própria. E muitos hospitais privados estão fazendo puxadinho, aumentando as instalações para atender os planos, com empréstimos generosos do BNDES.

Há um ano foi levada ao governo pelas empresas de planos de saúde a proposta de venda de planos populares, de até 100 reais a mensalidade, em troca de isenções e subsídios. Abafaram o caso depois que o movimento contrário de entidades da saúde denunciou a mamata.

E tem, como dissemos, o não ressarcimento ao SUS.

Os  gastos do SUS com tudo que não é coberto pelos planos; tem a compra de plano privado para o funcionalismo público, so o governo federal gasta com isso mais de 1,5 bilhão por ano.

Enfim, a população nunca foi convidada a opinar sobre isso.

Viomundo – Você é contra os planos de saúde?

Mário Scheffer — Não se trata de ser contra ou a favor. A população parece que está acordando para a realidade. Já está vendo que não faz sentido o clichê de que na saúde o SUS nunca presta e é dirigido aos pobres; e os planos são sempre eficientes e destinados a quem pode pagar. Porque há inversões eloquentes.

Veja estes dois exemplos. O da distribuição de medicamentos de aids no SUS e o  tratamento de câncer no Icesp ( Instituto do Câncer de São Paulo). São 100% público, todos na mesma fila, recebem a mesma assistência, independente de ter ou não plano, ter ou não dinheiro.  É o que podemos chamar de universalidade inclusiva.

E veja o caso dos planos de saúde populares, segmento crescente, com serviços de péssima qualidade, filas absurdas nos prontos socorros, barreiras de atendimento, exclusões de cobertura. É o que podemos chamar de fragmentação excludente.

Ao final resta ao SUS o papel de resseguro, de suplementar do privado, ao arcar com as exclusões desses planos principalmente os atendimentos mais caros e complexos.

E, aqui, volto à nomeação do Abrahão. É um homem do mercado de planos privados de saúde.

15M: Protesto pacífico contra os impactos da Copa em SP é brutalmente reprimido

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15M: Protesto pacífico contra os impactos da Copa em SP é brutalmente reprimido

Comitê Popular da Copa de São Paulo

Pelo menos 5 pessoas ficaram feridas e 28 foram presas durante ato contra a Copa pela garantia da liberdade de manifestação; vídeos demonstram a desproporcionalidade da repressão policial

Na noite desta quinta-feira (15.05), a Polícia Militar de São Paulo reprimiu com brutalidade o ato pacífico contra os impactos da Copa do Mundo em São Paulo. Organizado pelo Comitê Popular da Copa – SP, a principal reivindicação do protesto era a garantia da liberdade de manifestação antes, durante e depois da Copa.

Por volta das 19 horas, cerca de 7 mil manifestantes seguiam em marcha pela Rua da Consolação, quando, na altura da Rua Matias Aires, foram agredidos por tropas da PM.

Os policiais entraram no meio da manifestação atirando balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes.

Por conta dessa ação policial, os manifestantes foram dispersados em diferentes trajetos, mas a repressão seguiu, conforme mostram vídeos e…

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O tempo livre na cidade grande

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O tempo livre na cidade grande

O tempo é significado e ressignificado de acordo com as mudanças que ocorrem em cada sociedade. O tempo não é só uma marcação linear progressiva, mas também é uma maneira de classificar a vida em partes: algumas úteis, algumas inúteis, algumas de trabalho, algumas de lazer e de tantas formas como for possível imaginar.

Katy Wright, do Bauman Institute, na Inglaterra, realizou uma pesquisa sobre a utilização do tempo entre as pessoas do bairro de North Woods, na cidade de Leeds. O objetivo era entender a baixa adesão dos moradores a trabalhos voluntários na região.

Segundo Wright, as novas configurações do tempo na modernidade líquida podem ser um início de explicação para este fato. As pessoas, nos anos 70 e 80, tinham um certo “programa” mais ou menos previsível: em sua maioria, trabalhavam em centros industriais da região, frequentavam as mesmas boates, os mesmos restaurantes e os mesmos…

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Nomeação do Abrahão será questionada na Comissão de Ética

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Nomeação do Abrahão será questionada na Comissão de Ética

Fonte: Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO)

14 de maio de 2014 – Por Vilma Reis

Idec vai pedir afastamento de diretor da ANS, para instituto, há conflito de interesse porque Abrahão já atuou em favor de planos de saúde

O jornal O Estado de São Paulo publicou nesta terça-feira, 13 de maio, notícia sobre o pedido de afastamento do diretor José carlos Abrahão nomeado recentemente para a diretoria da ANS, por causa de sua forte ligação com operadoras de saúde. “O conflito de interesses está claro”, argumenta o professor da Universidade de São Paulo (USP) e integrante do conselho diretor do Idec, Mário Scheffer. O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) vai encaminhar até a próxima semana o documento.

Até a indicação de seu nome para a ANS, Abrahão ocupava a presidência da Confederação Nacional de Saúde de Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade que representa hospitais e outros serviços de atendimento do setor – incluindo planos de saúde. Abrahão também foi diretor presidente da Assim Assistência Médica, empresa de planos de saúde.

Nesta terça-feira, 13, o Conselho Nacional de Saúde divulgou uma nota de repúdio à indicação de Abrahão. No texto, o colegiado argumenta que a presença do médico na diretoria é incompatível com o princípio de eficiência da administração pública porque “antes mesmo de tomar posse, já estaria impedido de votar nos processos administrativos envolvendo temas prioritários na fiscalização da ANS”.

O conselho não é o único a se manifestar contrariamente à indicação de Abrahão. Na semana que antecedeu a sabatina do médico no Senado, Instituto de Defesa do Consumidor, Associação Brasileira de Saúde Coletiva e Centro Brasileiro de Estudos da Saúde enviaram carta a parlamentares afirmando que, diante do currículo, o nome de Abrahão não era o mais indicado. As entidades destacaram o fato de o médico, quando estava à frente da confederação, posicionar-se abertamente contra o ressarcimento de planos de saúde ao Sistema Único de Saúde (SUS) – uma forma de compensação que operadoras são obrigadas a pagar todas as vezes em que seus associados são atendidos na rede pública.

Entre atribuições de diretores da ANS está participar de julgamentos de recursos de ressarcimento. “Algumas sessões chegam a apresentar 90 processos desses”, completou Scheffer.

Demissão. No ano passado, o diretor da ANS Elano Figueiredo pediu demissão, após a Comissão de Ética Pública da Presidência decidir recomendar sua exoneração. O Estado revelou que Figueiredo omitiu de seu currículo a atuação em favor de planos de assistência médica em processos contra a ANS.

Envolvimento da Volkswagen com ditadura brasileira será questionado por acionistas

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Envolvimento da Volkswagen com ditadura brasileira será questionado por acionistas

Fonte: Rede Brasil Atual

Em reunião anual de prestação de contas, empresa alemã também terá de se explicar sobre venda de caminhões com jatos d’água para PM do Rio

por Vitor Sion e Felipe Amorim, do Opera Mundi publicado 13/05/2014

São Paulo – A Associação de Acionistas Críticos questionará hoje (13) a relação entre a Volkswagen e a ditadura brasileira (1964-1985), durante a reunião anual de prestação de contas da companhia, em Hannover (Alemanha). Os acionistas também pedirão explicações sobre a suposta venda de carros e jatos d’água para a repressão de protestos no Rio de Janeiro.

“Nós exigimos que a Volkswagen investigue e esclareça imediatamente esses casos, tendo em vista o recente aniversário de 50 anos do Golpe Militar brasileiro. A Volkswagen deve admitir e assumir sua responsabilidade histórica no fato”, argumenta o documento que estádisponível na internet.

No caso do envolvimento com a ditadura militar, a Volkswagen deverá responder sobre as contribuições financeiras dadas ao Instituto de Pesquisas e Estudos Sociais (Ipes) e ao Grupo Permanente de Mobilização Industrial (GPMI da Fiesp), diretoria criada na federação das indústrias em abril de 1964. De acordo com a Associação de Acionistas Críticos, esse dinheiro teria sido usado para a construção de um complexo militar-industrial no Brasil, sob a orientação da Escola Superior de Guerra (ESG).

Além disso, os representantes da empresa alemã serão obrigados a se posicionar sobre a denúncia de que ao menos três funcionários da sua subsidiária Scania foram demitidos e tiveram informações repassadas à Delegacia de Ordem Política e Social (Dops) depois que a polícia os prendeu por, supostamente, fazerem parte de um “movimento socialista”.

A Associação de Acionistas Críticos é um grupo sem fins lucrativos que possui ações em mais de 25 das maiores empresas da Alemanha e, por isso, tem o direito de se posicionar nas reuniões anuais de apresentação de balanço. A companhia questionada é obrigada a responder algo no mesmo evento.

Em relação à venda de jatos d’água, a associação argumenta que a simples existência desse produto entre os oferecidos pela Volkswagen “é incompatível com princípios éticos da empresa”. O documento lembra ainda que esse tipo de arma já foi usada na Turquia, quando a população ocupou a Praça Taksim contra a construção de um empreendimento imobiliário.

O GPMI da Fiesp

O GPMI foi uma diretoria criada dentro da Fiesp oficialmente em 30 de abril de 1964; caracterizada como “o ponto de partida dos negócios entre a indústria e a ditadura”, segundo o jornalista e ex-militante Antônio Carlos Fon. Seu objetivo oficial seria readaptar o parque industrial brasileiro à produção de equipamentos bélicos. Sua atuação, entretanto, era mais profunda: remonta às células de logística da conspiração que se preparavam para derrubar o presidente João Goulart desde 1961.

A empresa Volkswagen do Brasil aparece nas atas de reunião do GPMI como uma das “firmas que doaram verbalmente” ao grupo.

Evidenciando a relação próxima entre as Forças Armadas e as grandes empresas, a diretoria do GPMI era obrigatoriamente composta por membros civis e militares. Uma desses dirigentes era o general e ex-ministro Edmundo Macedo Soares e Silva, militar brasileiro que teve destacada passagem por diversas megaempresas, entre as quais estava a Volkswagen – além de Mercedes Benz, Mesbla, Banco Mercantil de São Paulo e Light, conforme aponta o historiador e cientista político uruguaio René Armand Dreifuss em seu livro 1964: A conquista do Estado.

Contatada por Opera Mundi na última quinta-feira (8), a assessoria de imprensa da Volkswagen respondeu apenas na tarde de ontem (12). “A Volkswagen está aberta a contribuir com o trabalho da Comissão da Verdade e permanece à disposição para colaborar com as informações que forem necessárias.”

O Bar Saci segue a todo vapor trabalhando no Sarau de Caieiras.

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Risonete, trabalhadora do Bar Saci, descreve como foi o sarau de abril:

Bom demais!
Bate papo com o Professor Josafar de Literatura da USP sobre o tema: Literatura e Acesso. Defendeu a poesia como a expressão mais livre e acessível, ressaltou que se não formarmos leitores, não teremos autores…
A apresentação das crianças ao piano foi um show. E ainda foi abordado pelo teatro a questão do afastamento do ser humano, um do outro, por dependência do mundo da internet.
Risonete Fernandes da Costa

O próximo encontro acontecerá neste sábado, dia 17/05, e contará com a presença da Marília Capponi, presidente da Associação Vida em Ação, como mediadora do bate-papo sobre a Luta Antimanicomial, Trabalho e Geração de Renda (Economia Solidária).

Sarau de Caieiras

Esperamos vocês!

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Estudante evita linchamento no Rio de Janeiro

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Estudante evita linchamento no Rio de Janeiro

Fonte: jornalggn – Luis Nassif Online (http://jornalggn.com.br/luisnassif)

Do O Globo

No Rio, estudante evita linchamento de ladrão
 
Intervenção de jovem interrompeu agressão até chegada da polícia

“Eu me confrontei com animais”. Foi assim que a estudante de arquitetura Mikhaila Copello, de 22 anos, definiu o que presenciou e viveu na noite da última terça-feira na Freguesia, bairro da Zona Oeste do Rio, um dia depois da morte de Fabiane Maria de Jesus, vítima de linchamento em Guarujá. Sozinha, ela evitou que a ira de um grupo de moradores da região matasse um jovem que acabara de roubar um celular.

Por volta das 19h30, sentada em um bar, ela ouviu os gritos de “pega ladrão”. O ladrão, um jovem branco, parrudo, baixo, de cabelos pretos, foi cercado no alto de uma ladeira e, ao tentar correr do garoto que o havia denunciado, levou uma rasteira.

— O que gritava deu um chute no pé dele e ele voou de cara no chão. Abriu o supercílio, rasgou a testa, o joelho, e, nesse momento, eu falei para a minha amiga: segura as coisas que estou indo lá. Quando olhei para trás, o garoto estava chutando a cabeça dele com muita raiva, gritando “bandido de merda”. Entrei na frente e gritei “Para com isso”. Puxei o cara pela camisa e coloquei na parede. Ele estava totalmente desnorteado. Foi aí que comecei a ouvir “mata”, “tem que deixar morrer”, e até o clássico “bandido bom é bandido morto”. E eu gritava “vocês não são Deus, não podem julgar quem morre e quem vive” — contou a estudante ao GLOBO.

Ela disse que foi pedir ao garçom do bar um pano para limpar o sangue do jovem, mas foi interpelada por um dos presentes, com um cachorro.

Segundo Mikhaila, depois de meia hora a polícia chegou.

— O PM entrou e disse: “Se gosta de bandido, leva pra casa”. E todo mundo bateu palma. Algemaram o cara, que me olhou nos olhos e disse: obrigado. Comecei a chorar compulsivamente.