Trailer do documentário “Aqui, doido varrido não vai pra debaixo do tapete” (81min/2010).
Sinopse: Através das histórias de vida de pacientes, familiares e equipe médica, o documentário busca, de forma descontraída, o que se esconde atrás de estereótipos e preconceitos que cercam a doença mental.
“A LUTA NÃO PARA: 18 DE MAIO – DIA NACIONAL DA LUTA ANTIMANICOMIAL”
O Movimento de Luta Antimanicomial vem crescendo nas três últimas décadas a partir da militância de profissionais, familiares e pessoas com transtornos mentais, sensibilizando a sociedade e as autoridades políticas para uma nova forma de abordar as questões relacionadas à experiência da loucura, para reivindicação de direitos e garantias sociais.
Através dos serviços substitutivos como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), o Brasil vem gradativamente deixando para trás os chamados manicômios, muitas vezes reconhecidos como locais de isolamento e violência. Porém, a Saúde Mental não passa apenas por novas formas de cuidado em espaços diferenciados ou serviços alternativos, mas também pela desconstrução de conceitos arraigados sobre a problemática.
Atualmente a Política Nacional de Saúde Mental busca consolidar um modelo de atenção aberto e de base comunitária, onde há livre circulação e utilização dos recursos que a sociedade oferece, incluindo espaços de convivência e cultura.
Nesse sentido, os coletivos populares e a Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS) têm muito a contribuir com a causa. Ambos convergem suas ações e perspectivas quanto aos princípios éticos potencializadores das relações humanas, pautando-se na solidariedade, no comprometimento com as classes populares, na visão crítica de mundo e na construção de caminhos criativos com autonomia e alteridade. A Tenda Paulo Freire é um espaço coletivo de demonstração de que isso é possível sim e politicamente viável para transformação da realidade.
Fonte: Coletivo Gato Seco – Nos Telhados da Loucura
Austregésilo Carrano Bueno – Poema das quatro horas de espera para ser eletrocutado – aplicação da eletroconvulsoterapia
SEQUELA… E… SEQUELAS
Sequelas não acabam com o tempo. Amenizam. Quando passam em minha mente as horas de espera, sinceramente, tenho dó de mim. Nó na garganta, choro estagnado, revolta acompanhada de longo suspiro.
Ainda hoje, anos depois, a espera é por demais agonizantes. Horas, minutos, segundos são eternidade martirizantes. Não começam hoje, adormeceram há muito tempo, a muito custo… comigo. Esta espera, Oh Deus! É como nunca pagar o pecado original. É ser condenado a morte várias vezes.
QUEM DISSE QUE SÓ SE MORRE UMA VEZ?
Sentidos se misturam, batidas cardíacas invadem a audição. Aspirada à respiração não é… É introchada. Os nervos já não tremem… dão solavancos. A espera está acabando. Ouço barulho de rodinhas. A todo custo, quero entrar na parede. Esconder-me, fazer parte do cimento do quarto. Olhos na abertura da porta… rodam a fechadura. Já não sei quem e o que sou. Acuado, tento fuga alucinante. Agarrado, imobilizado… Escuto parte de meu gemido.
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Vídeo produzido pela Fundação Joaquim Nabuco (Recife) e realizado pela Massangana – Multimídia Produções, para a TV Escola (Ministério da Educação).
Faz parte de uma série sobre a História do Brasil. Neste vídeo está retratado o período da ditadura militar que se inicia em 1º de abril de 1964 e vai até 1985. Os militares destituiram o presidente João Goulart em ação que vinha sendo preparada há anos contra o processo político de democratização e ascenção dos movimentos populares. Com a ditadura o Brasil se alinha politicamente aos Estados Unidos, as grandes empresas multinacionais acabam tendo total liberdade de atuação no país, a dívida externa se multiplica e a concentração de renda se processa em níveis inimaginágeis. A grande corrupção desvia recursos públicos para oficiais generais e novos ricos que vão se juntando à elite ultra-conservadora e corrupta brasileira.
São apresentadas situações relacionadas à extinção das liberdades democráticas, à extinção de partidos políticos e sua substituição por dois: Arena e MDB, a prisão de lideranças e cassação de políticos, professores(as), intelectuais e juízes. Os Atos Institucionais, as prisões arbitrárias, a tortura e assassinato de militantes de esquerda, a corrupção sempre abafada pela censura à imprensa, o “milagre econômico” que concentra a riqueza, os movimentos de contestação e a abertura política.